No próximo domingo, mais de 2,7 milhões de uruguaios devem ir às urnas para escolher o novo presidente do país, em um segundo turno que apresenta uma disputa acirrada entre os candidatos de centro-esquerda e centro-direita. Yamandú Orsi, da Frente Ampla, e Álvaro Delgado, do Partido Nacional, enfrentam-se em um cenário marcado por incertezas, com pesquisas de intenção de voto apontando diferenças mínimas entre os dois, variando de 4 a menos de 1 ponto percentual. O resultado poderá ser divulgado ainda na noite do domingo, a depender da margem de diferença entre os concorrentes.
Orsi, apoiado por figuras políticas históricas, como o ex-presidente José Mujica, promete um crescimento econômico equilibrado sem mudanças drásticas, além de medidas contra a insegurança e apoio a pequenas e médias empresas. Delgado, por sua vez, defende a continuidade das políticas do governo atual, com foco em acordos comerciais, redução da informalidade e estímulos ao investimento. Ambos os candidatos rejeitam o aumento de impostos, enquanto apresentam abordagens diferentes para o desenvolvimento do país.
A eleição ocorre em um contexto de alta competitividade, após um primeiro turno em que Orsi obteve maior votação inicial, mas sem maioria absoluta. Com propostas que refletem os desafios econômicos e sociais do Uruguai, a decisão do eleitorado poderá determinar o retorno da esquerda ao poder ou a manutenção do atual projeto político, reforçando o tom moderado que historicamente caracteriza a política uruguaia.