Ibrahim Eris, economista e ex-presidente do Banco Central, nasceu na Turquia e chegou ao Brasil em 1973, estabelecendo uma longa carreira no país. Formado em economia e estatística pela Middle East Technical University, com doutorado pela Universidade de Vanderbilt, Eris tornou-se professor na Universidade de São Paulo (USP) e contribuiu para a formação de importantes economistas brasileiros. Sua atuação destacou-se também como vice-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde colaborou em políticas econômicas e assessorias durante a gestão do ministro Antônio Delfim Netto.
No final dos anos 1980, Eris foi convidado a participar da equipe econômica responsável por formular o Plano Collor, durante o governo do presidente Fernando Collor de Mello. Como presidente do Banco Central, posição que ocupou entre março de 1990 e maio de 1991, Eris desempenhou um papel relevante na implementação do plano, cujo objetivo era conter a hiperinflação que assolava o Brasil. Entre as medidas mais polêmicas estava o confisco dos depósitos bancários da população, uma decisão que gerou grande impacto social e econômico.
Após o fracasso das principais iniciativas do Plano Collor, Eris deixou a presidência do Banco Central em 1991. Mesmo com o plano não atingindo os resultados esperados, a experiência do economista refletiu-se em sua trajetória no setor público e privado no Brasil, onde atuou como consultor de investimentos e contribuiu para discussões econômicas de relevância nacional.