Duas turistas brasileiras enfrentam dificuldades burocráticas e emocionais após serem presas injustamente na Alemanha em 2023, devido à manipulação de etiquetas de bagagem no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. As mulheres, que planejavam férias de 20 dias, foram acusadas de tráfico internacional de drogas quando etiquetas com seus nomes foram colocadas em malas contendo 40 quilos de cocaína. A investigação brasileira comprovou a troca das etiquetas, levando à libertação delas após um mês de detenção em Frankfurt. Apesar da reparação financeira de cerca de R$ 15 mil determinada pela Justiça alemã, elas seguem enfrentando os desdobramentos do caso.
Recentemente, ambas tiveram seus vistos americanos negados, o que representa mais uma consequência do ocorrido. Em redes sociais, as brasileiras lamentaram o impacto contínuo em suas vidas, mesmo após a inocência ser comprovada. Elas destacaram as falhas na segurança do aeroporto brasileiro como causa primária da situação. O caso gerou debates sobre vulnerabilidades nos sistemas de transporte aéreo e procedimentos de segurança em aeroportos internacionais, que colocaram passageiros em situações de alto risco.
A concessionária do aeroporto e a companhia aérea Latam, envolvidas no caso, reafirmaram esforços para aprimorar a segurança no manuseio de bagagens. Contudo, as turistas seguem com cicatrizes emocionais e desafios para retomar suas vidas e planejar viagens futuras. O caso trouxe à tona a necessidade de maior rigor e transparência nos procedimentos aeroportuários, além de apoio às vítimas de erros institucionais. Autoridades americanas e brasileiras não se pronunciaram oficialmente sobre os impactos do episódio na concessão de vistos.