A enfermeira sanitarista Nazaré Athayde faleceu no sábado (16), aos 79 anos, após 52 anos dedicados à carreira de saúde pública. Reconhecida nacionalmente por seu trabalho incansável em imunização, foi fundamental para a erradicação de doenças como sarampo e poliomielite no Brasil, especialmente no estado do Pará. Ela também atuou na coordenação do Programa Municipal de Imunizações de Belém e foi uma das principais responsáveis por campanhas de vacinação que salvaram milhares de vidas. Recentemente, ela enfrentava um câncer no pâncreas, mas continuava ativa até seus últimos dias.
Nazaré Athayde teve uma carreira marcada por contribuições tanto no Brasil quanto internacionalmente. Ela participou da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) e colaborou em projetos de saúde com países africanos e latino-americanos. Ao longo de sua vida, foi reconhecida por seu trabalho em instituições de renome, como a Fiocruz, e recebeu diversas condecorações, incluindo homenagens de três presidentes da República. Sua dedicação à saúde pública e à educação em saúde é também refletida na formação de profissionais da área e no legado que deixou por meio de seus alunos e colaboradores.
Além de sua atuação técnica, Nazaré Athayde foi uma referência de liderança e compromisso com a vida. Ela foi chamada carinhosamente de “Maria Gotinha” devido à sua forte presença nas campanhas de vacinação infantil. Sua morte representa uma grande perda para a saúde pública brasileira, mas seu legado perdurará por meio das ações que ajudou a coordenar e das gerações de profissionais que inspirou. Ela deixa uma marca indelével na história da saúde no Brasil, especialmente em sua contribuição para a imunização de populações vulneráveis e o fortalecimento do SUS.