A prática de dormir acompanhado, seja com parceiros românticos, filhos ou outros membros da família, divide opiniões e tem implicações complexas para o sono e a saúde. Pesquisas indicam que, em muitas culturas, compartilhar o leito com bebês e crianças é comum, sendo visto como uma forma de oferecer conforto e segurança. No entanto, especialistas apontam preocupações como o risco da Síndrome da Morte Súbita Infantil (SIDS), recomendando alternativas seguras, como manter o bebê em uma superfície separada no quarto dos pais. Por outro lado, defensores da prática destacam benefícios emocionais e o fortalecimento do vínculo entre cuidadores e crianças, embora dados conclusivos ainda sejam escassos.
Entre adultos, o compartilhamento de camas é amplamente praticado por casais, com impactos variados na qualidade do sono. Estudos sugerem que dormir junto pode aumentar a sensação de intimidade e sincronizar os ciclos de sono, mas também pode gerar interrupções, especialmente para mulheres. Essa sincronia física e emocional entre parceiros é considerada uma das razões para a prevalência da prática, ainda que existam diferenças culturais e individuais significativas.
As implicações do sono compartilhado variam conforme a idade, o contexto cultural e a saúde dos envolvidos, incluindo fatores como ansiedade, condições médicas e distúrbios do sono. Embora o debate continue, especialistas recomendam avaliar cuidadosamente as necessidades de cada indivíduo e contexto familiar antes de decidir compartilhar ou não o espaço de dormir, destacando que as normas ocidentais podem não refletir padrões evolutivos. O tema segue sendo objeto de estudos que buscam compreender melhor os efeitos dessa prática no bem-estar físico e emocional.