O dólar registrou uma alta significativa em relação à maioria das moedas globais, impulsionado pelas expectativas em torno da economia americana e o governo do presidente eleito Donald Trump. Mesmo com uma liquidez reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos, o índice DXY subiu 0,52%, destacando a força da moeda americana, que se valorizou frente ao iene, libra, euro e peso mexicano. Analistas projetam que o dólar continuará forte ao longo do ano, especialmente em função das taxas de juros mais elevadas nos EUA e a confiança internacional na moeda.
O banco Société Générale avalia que o dólar deverá manter-se valorizado até o fim do quarto trimestre, quando o impacto das políticas de Trump poderá levar a mudanças significativas no cenário cambial. Para os estrategistas, somente uma combinação de política fiscal e monetária acomodatícia nos EUA seria capaz de reverter o ciclo de alta do dólar, mas isso deve ocorrer a partir de um patamar historicamente elevado. Essa análise reflete uma visão de longo prazo sobre a posição privilegiada do dólar, amparada pelo desempenho econômico superior dos Estados Unidos.
Em outros mercados, o fundo Verde aumentou sua posição contra o yuan, antecipando que Trump poderá adotar uma postura mais protecionista com tarifas direcionadas à China. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) enfrenta desafios para apoiar a economia da zona do euro, com possíveis novos cortes de juros esperados para dezembro. A situação política e econômica na Alemanha acrescenta incertezas, uma vez que uma mudança na política fiscal do país é considerada improvável até as próximas eleições.