O dólar no mercado à vista iniciou a terça-feira (26) em queda após uma alta nas primeiras transações. A retração reflete a diminuição da valorização externa do dólar frente a outras moedas, incluindo o enfraquecimento dos juros dos Treasuries e do índice DXY, que havia subido mais cedo. Além disso, o aumento dos preços do petróleo e a alta do minério de ferro na China, impulsionados pela intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia, ajudaram a aliviar o câmbio, com investidores realizando lucros e possivelmente entrando em fluxo comercial no mercado à vista. O mercado local também reagiu positivamente a notícias sobre corte de gastos, enquanto os investidores aguardam o anúncio do pacote fiscal, previsto para o fim da semana.
O governo ainda trabalha nos detalhes do novo pacote fiscal, que deve incluir mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), no salário mínimo, no abono salarial e na previdência dos militares, mas sem alterações previstas para os pisos de saúde e educação. O adiamento do anúncio e a expectativa de um aprofundamento das discussões sobre o corte de gastos contribuíram para o comportamento do câmbio, que observou também uma alta do índice de inflação (IPCA-15) de novembro, o que influenciou os juros futuros. Além disso, tensões externas, como a promessa de aumento de tarifas comerciais por parte do presidente dos EUA e o agravamento da guerra na Ucrânia, pressionaram a cotação do dólar no início do dia.
O dólar à vista registrava, às 9h43, uma queda de 0,19%, cotado a R$ 5,7935, após ter atingido R$ 5,8285 durante a máxima intradia. O dólar futuro também apresentava leve recuo, acompanhando a movimentação do mercado à vista. Lá fora, o índice DXY do dólar perdeu força, e o rendimento dos títulos do governo dos EUA (T-Note de 2 anos) também apresentou uma leve queda. A agenda econômica do dia inclui a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, que pode fornecer mais pistas sobre o futuro das taxas de juros nos Estados Unidos.