O dólar iniciou a sexta-feira (22) em alta, acompanhando a tendência externa, mas passou a cair no mercado à vista devido a uma realização de lucros. O fechamento de ontem foi de R$ 5,8115, o maior valor desde o dia 1º de novembro. No entanto, o recuo no câmbio foi limitado pelo fortalecimento da moeda americana no exterior e pela expectativa em relação ao pacote fiscal que será anunciado pelo governo na próxima semana.
Investidores estão atentos ao relatório bimestral de receitas e despesas, que pode revelar um bloqueio de cerca de R$ 5 bilhões no orçamento de 2024. Esse bloqueio é necessário para cumprir os limites fiscais estabelecidos pela nova regra fiscal. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre as medidas de contenção de despesas, que devem gerar uma economia de R$ 2 bilhões, especialmente com ajustes no setor de Defesa. A divulgação dessas ações será importante para reforçar a confiança no arcabouço fiscal do país.
No cenário internacional, o dólar continua a se valorizar, impulsionado pela cautela global, especialmente em meio ao aumento das tensões no conflito da Ucrânia e à composição do novo governo dos EUA. A moeda americana avançou contra diversas moedas emergentes, como o peso mexicano e a lira turca, e o índice DXY, que mede o desempenho do dólar, subiu 0,55%. No Brasil, o mercado acompanha também o impacto dos dados sobre o desemprego, que apresentou queda significativa em algumas regiões.