Em 2021, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, apresentou o país como um possível paraíso para o Bitcoin, com a intenção de transformá-lo em uma economia baseada em criptomoedas. Apesar de projetos ambiciosos, como uma cidade cripto e um título de dívida lastreado em Bitcoin, ainda não terem se concretizado, o país acumulou uma quantidade significativa de Bitcoin, que recentemente ultrapassou os 550 milhões de dólares, segundo rastreadores independentes. O governo de El Salvador adquiriu as criptomoedas como parte de uma estratégia econômica, diferenciando-se de países como Estados Unidos e China, que possuem Bitcoin de maneira não intencional, por meio de apreensões legais.
Enquanto o governo salvadorenho enfrentava desafios para implementar o Bitcoin como moeda de curso legal, outra pequena nação, Butão, seguiu uma estratégia semelhante, investindo no Bitcoin de forma discreta. Desde 2019, o Butão tem investido na mineração de Bitcoin, utilizando sua abundante energia hidrelétrica. Através do seu fundo soberano, Druk Holding & Investments, o país adquiriu mais de 1 bilhão de dólares em criptomoedas, o que representa uma parte considerável do PIB nacional. Embora o Butão tenha optado por uma abordagem mais cautelosa, seus investimentos demonstraram resultados positivos, com uma carteira diversificada que inclui também Ethereum.
Esses dois exemplos mostram que, apesar da volatilidade das criptomoedas, alguns países menores têm apostado no Bitcoin como parte de suas estratégias econômicas. Enquanto El Salvador tenta transformar o Bitcoin em uma moeda de uso diário, o Butão foca mais em minerar e acumular criptomoedas como parte de uma reserva de valor. Ambos os países, até o momento, colheram frutos de suas apostas, com o valor de seus ativos digitais disparando conforme o mercado de criptomoedas se valorizou nos últimos anos.