O fraturamento hidráulico (fracking) tornou-se um tema central nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, especialmente na Pensilvânia, onde a população se divide entre os benefícios econômicos e os riscos ambientais da prática. Enquanto 51% dos eleitores apoiam o fracking e o associam à independência energética americana, 30% se opõem, preocupados com os danos ecológicos e à saúde. A indústria de gás natural surgiu como alternativa ao declínio da mineração de carvão, que marcou a economia do estado por décadas, mas a transição trouxe novas controvérsias e dilemas para os habitantes locais.
O impacto ambiental do fracking é evidente em lugares como Dimock, onde promessas de prosperidade financeira deram lugar a problemas graves, incluindo a contaminação de águas subterrâneas e doenças relacionadas à exposição química. Os relatos de moradores refletem a desilusão com as empresas de energia e as consequências devastadoras de contratos que limitam a liberdade de expressão sobre os danos sofridos. A tentativa de revitalizar o ambiente é limitada por falta de recursos e vontade política, agravando o cenário de degradação, com rios poluídos e ecossistemas comprometidos.
No contexto das eleições, o fracking se tornou um símbolo de divisões políticas e econômicas. Políticos como Donald Trump usam a prática como promessa de crescimento, enquanto outros, como Kamala Harris, ajustam seus posicionamentos para atender às demandas eleitorais. Ao mesmo tempo, a guerra na Ucrânia e a consequente dependência europeia de gás natural americano reforçaram a relevância do setor. Contudo, moradores impactados ressaltam que o verdadeiro sonho americano envolve qualidade de vida e um ambiente saudável, destacando a urgência de equilibrar desenvolvimento econômico e sustentabilidade.