As eleições de 2024 nos Estados Unidos apresentam um cenário acirrado, marcado pela polarização extrema e um interesse global notável. De um lado, Donald Trump mantém uma base de apoio sólida, alimentada pela insatisfação com os indicadores econômicos, como inflação crescente e um custo de vida elevado. Além disso, questões de imigração e políticas internacionais continuam a ser temas centrais no debate, com o ex-presidente criticando a gestão democrata e prometendo soluções rápidas, mesmo que sejam vistas como promessas irrealistas. A retórica de oposição, aliada a uma crítica contínua à administração Biden, reforça a força de sua campanha.
Por outro lado, Kamala Harris emerge como a esperança democrata, revitalizando a campanha após a saída de Joe Biden da corrida. Harris se destaca ao apresentar novas propostas e consolidar alianças estratégicas, incluindo apoio de republicanos dissidentes e figuras do centro político. A rejeição a Trump continua a ser uma das principais apostas democratas, especialmente devido à percepção pública sobre o ataque ao Capitólio e a importância de manter os valores democráticos. Ainda que a ex-senadora seja atacada por sua conexão com o governo anterior, ela tem buscado se distanciar de críticas diretas, fortalecendo sua imagem como uma figura razoável e unificadora.
O equilíbrio entre os dois lados se mostra frágil, e as próximas semanas serão cruciais para definir a narrativa que terá mais apelo junto ao eleitorado. A eleição não se limita a temas específicos, mas a um complexo conjunto de fatores que incluem economia, segurança e política internacional. Com um eleitorado dividido e ansioso por respostas concretas, o embate entre as diferentes “lógicas” que sustentam cada candidato definirá o futuro político do país, tornando o resultado deste pleito tão incerto quanto decisivo.