A dislexia é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a leitura, a escrita e a compreensão de textos, e pode ser identificado através de dificuldades na soletração, na organização das ideias e na percepção de sons e letras. Estima-se que cerca de 10% da população mundial seja afetada, com 8 milhões de brasileiros diagnosticados com a condição. Além disso, a dislexia pode se manifestar de formas distintas, sendo classificada em tipos como visual, auditiva e mista, e os impactos podem persistir na vida adulta, afetando a vida pessoal e profissional dos indivíduos.
Na infância, os sinais de dislexia costumam ser mais evidentes, já que as crianças apresentam desempenho abaixo da média nas primeiras séries escolares, mesmo possuindo inteligência dentro da média. As dificuldades incluem associar sons e letras, seguir a ordem de leitura e desenvolver habilidades de alfabetização de forma lenta. Contudo, em adultos, o diagnóstico tende a ser mais difícil, pois muitos aprendem a lidar com as dificuldades ao longo do tempo, criando estratégias compensatórias, como evitar atividades que envolvem leitura em voz alta.
O tratamento para a dislexia envolve acompanhamento especializado, que pode incluir o uso de ferramentas de leitura assistiva, estratégias de organização e técnicas para reduzir o estresse. Profissionais como psicopedagogos, neuropsicólogos e terapeutas ocupacionais podem oferecer intervenções personalizadas que ajudam na melhoria da confiança e autoestima dos pacientes. É importante também observar o histórico escolar para identificar possíveis sinais de dificuldades de aprendizagem não reconhecidas na infância, o que pode contribuir para um diagnóstico mais preciso e eficaz.