O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) adiou a decisão sobre a proposta de transformar a Praça da República em um parque cercado. A iniciativa, de autoria do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Centro, prevê a instalação de grades, câmeras de segurança e portões, com o objetivo de aumentar a segurança na área. No entanto, os membros do Conpresp decidiram encaminhar o projeto à Secretaria de Urbanismo para obter mais informações antes de seguir com a avaliação.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, manifestou-se contra o fechamento da praça, afirmando que a proposta não faz sentido, dado o papel da praça como espaço de convivência urbana. Ele destacou que a gestão municipal tem investido em segurança, com o aumento do número de policiais militares e guardas civis metropolitanos na região, além do uso de câmeras do programa Smart Sampa para medidas preventivas e investigativas. Segundo ele, a iniciativa de fechar o local não condiz com os esforços de revitalização urbana em andamento.
Moradores e comerciantes da região, que apoiaram o projeto por meio de um abaixo-assinado com mais de 2.000 assinaturas, defendem que o cercamento traria mais segurança, citando problemas como tráfico de drogas e prostituição que afugentam o público local. No entanto, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente alertou que o cercamento poderia comprometer o valor histórico da praça, que é protegida por lei como patrimônio municipal. A proposta continua em análise, e uma decisão será tomada após um estudo mais detalhado.