Durante as reuniões do G20 no Rio de Janeiro, diplomatas dos Estados Unidos enfatizaram que, apesar de eventuais impactos da administração Trump no multilateralismo, a dinâmica do G20 permaneceu intacta no primeiro mandato do republicano. Embora evitassem especulações sobre futuras decisões de Trump, destacaram que, apesar das diferenças discursivas, o multilateralismo, incluindo as estruturas do G20, sobreviveu sem grandes prejuízos. A presidência dos EUA no G20 em 2026 foi apontada como uma oportunidade para aprofundar os laços globais.
Em relação à agenda do G20, os diplomatas dos EUA expressaram apoio cauteloso às três principais prioridades da presidência brasileira: combate à pobreza, mudanças climáticas e reforma da governança global. Os Estados Unidos aderiram à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, criada pelo Brasil, e manifestaram concordância com as reformas necessárias nas instituições globais, como a ONU e a OMC. Contudo, destacaram que as mudanças substanciais nessas organizações não devem ocorrer rapidamente. Quanto ao financiamento da transição climática, os EUA defendem mais diálogo sobre a divisão de responsabilidades entre países ricos e pobres.
Além disso, os diplomatas americanos apoiaram a ideia de uma tributação global mais progressiva, conforme discutido no G20, embora com ressalvas. Embora os Estados Unidos estejam abertos ao debate sobre uma taxação mais justa para super-ricos, a posição americana permanece moderada, destacando que o apoio se limita a uma declaração genérica e que mais conversas são necessárias para avançar em questões complexas, como o financiamento de iniciativas climáticas e a governança global.