Dilma Rousseff deve continuar à frente do Banco dos Brics em 2025, período em que o Brasil assumirá a presidência do grupo. Apesar de a Rússia ter direito de indicar um novo nome para o cargo a partir de julho do próximo ano, o país avalia que a troca de liderança neste momento seria inconveniente, dado o contexto das sanções internacionais que enfrenta. A permanência de Rousseff no cargo é vista positivamente pelos demais membros permanentes do Brics, que não devem se opor a sua recondução.
Diplomatas brasileiros afirmam que a decisão ainda não foi finalizada, mas indicam que a confirmação da ex-presidente à frente do New Development Bank (Banco dos Brics) depende apenas da autorização final da Rússia. A proposta foi discutida em encontros recentes, incluindo durante o G20 realizado no Rio de Janeiro, com a Rússia considerando que a liderança do Banco não deveria estar vinculada aos debates sobre o conflito no Leste Europeu.
A mesa de direção do Banco dos Brics segue uma rotatividade entre os países fundadores, com a presidência assumida por um membro diferente a cada ciclo. Dilma Rousseff ocupa o cargo desde março de 2023 e sua continuidade no comando do Banco poderia ser estratégica, considerando o contexto político e econômico global, especialmente com o Brasil assumindo a liderança do grupo no próximo ano.