A Avenida Beira Mar de Fortaleza, um dos principais pontos turísticos da capital cearense, enfrenta críticas pela deterioração de seu paisagismo. Plantas ressecadas, gramados desaparecidos e ausência de manutenção adequada geram insatisfação entre frequentadores e trabalhadores locais. Apesar da Autarquia de Paisagismo e Urbanismo de Fortaleza (UrbFor) afirmar que a irrigação das áreas verdes é realizada regularmente, relatos de visitantes e trabalhadores indicam o contrário. Permissionários de estabelecimentos próximos assumem, por conta própria, a manutenção de trechos específicos para amenizar os problemas.
Outro ponto de insatisfação refere-se à retirada dos “xiringadores”, totens de nebulização instalados em parceria com uma startup, que proporcionavam alívio térmico aos frequentadores. A ausência desses equipamentos, removidos após um impasse entre a startup e a prefeitura, é criticada por moradores e turistas. O contrato inicial previa que a startup arcasse com os custos de instalação e a prefeitura se responsabilizasse pelo abastecimento de água e energia, mas divergências sobre a continuidade do projeto levaram à desativação dos dispositivos.
Em resposta às demandas, a prefeitura lançou um edital para a implantação de 150 estações de hidratação e nebulização em Fortaleza, mas as exigências do novo projeto tornam o custo mais elevado, desestimulando a participação da startup pioneira. Enquanto isso, a vegetação da avenida continua sofrendo com altas temperaturas e baixa umidade, típicas desta época do ano, e uma vistoria técnica foi prometida pela UrbFor para identificar áreas críticas e definir ações de recuperação.