O número de brasileiros em situação de desemprego de longa duração, ou seja, buscando trabalho há dois anos ou mais, apresentou uma redução significativa de 20,4% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE, o total caiu para 1,472 milhão de pessoas. Quando considerados aqueles que procuram emprego há pelo menos um ano, mas menos de dois, esse contingente soma 2,237 milhões, representando uma queda de 19,1% na mesma comparação.
O aquecimento da economia contribuiu para a redução da taxa de desocupação, impactando diretamente no tempo de busca por trabalho. O número de pessoas em busca de emprego há mais de um mês, mas menos de um ano, também caiu 12,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023, totalizando 3,426 milhões. Já aqueles que tentavam uma vaga há menos de um mês somavam 1,338 milhão, um recuo de 17,6% no período. Essas quedas refletem uma melhora generalizada no mercado de trabalho, com diminuições em todas as faixas de tempo de procura.
Ainda assim, a taxa de subutilização da força de trabalho, que mede a proporção de pessoas desocupadas ou subocupadas, variou significativamente entre os Estados. Enquanto Piauí, Bahia e Alagoas apresentaram as maiores taxas no terceiro trimestre de 2024, com 33,8%, 28,6% e 26,5%, respectivamente, Santa Catarina (5,1%), Rondônia (5,5%) e Mato Grosso (7,6%) registraram os menores índices. A média nacional da taxa de subutilização foi de 15,7%, refletindo uma heterogeneidade no cenário de recuperação econômica entre as regiões brasileiras.