Um esquema suspeito de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul levou ao afastamento de cinco desembargadores, conforme determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar da ordem para a instalação de tornozeleiras eletrônicas, os magistrados não se apresentaram até o momento para a instalação do dispositivo de monitoramento, de acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário. O não cumprimento da decisão gerou questionamentos sobre o andamento da investigação e as medidas a serem tomadas pelas autoridades competentes.
A operação, conduzida pela Polícia Federal, visa investigar possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão relacionados às atividades judiciais no estado. As investigações estão sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin, que também analisa outro caso envolvendo desembargadores em Mato Grosso. A Procuradoria-Geral da República será responsável por definir os próximos passos, incluindo a decisão sobre o foro das investigações.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul declarou estar ciente da operação e reafirmou seu compromisso com a transparência. Contudo, até agora, não teve acesso ao conteúdo das investigações que resultaram na ação contra os desembargadores. A situação levanta preocupações sobre a eficácia das medidas adotadas e o impacto no sistema judiciário do estado, enquanto o tribunal aguarda mais informações para se pronunciar oficialmente sobre os fatos.