A bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial brasileira, tem grande potencial para elevar as reservas de petróleo e gás do Brasil. Segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as reservas na região podem aumentar em 30%, com um volume estimado de 17,7 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) na parte noroeste da bacia, dos quais 6,2 bilhões de boe são recuperáveis. A maior parte das reservas é de gás natural, totalizando 167 bilhões de metros cúbicos. O estudo destaca ainda a possibilidade de que as reservas de gás natural no Brasil dobrem, caso as projeções se confirmem.
Na área classificada como Cone Amazonas, as estimativas indicam um total de 4,2 bilhões de boe in place, sendo 477 bilhões de metros cúbicos de gás natural e 400 milhões de boe de petróleo recuperável. Já na porção sudeste da bacia, as expectativas são de 1,2 bilhão de boe in place, com 11 bilhões de metros cúbicos de gás natural. Caso as reservas sejam confirmadas, o Brasil poderá ter um aumento significativo tanto no volume de gás quanto de petróleo disponível para exploração.
A Petrobras, que aguarda desde 2011 a autorização do Ibama para iniciar a exploração na região, planeja perfurar até 15 poços na Margem Equatorial até 2029. Apesar de os estudos técnicos serem promissores, a licença para a exploração da área segue pendente, com o Ibama solicitando mais informações sobre as medidas de segurança e impacto ambiental, especialmente em relação à fauna local. A EPE também apontou que a formação Limoeiro, na porção noroeste da bacia, é uma das mais promissoras, devido à sua semelhança com outros campos de petróleo na região da Guiana e Suriname.