Sandra Tavares, uma paleontóloga de Monte Alto (SP) com quase três décadas de dedicação à ciência, recebeu uma homenagem singular ao ter seu nome associado a uma nova espécie de crocodilo pré-histórico, o Epoidesuchus tavaresae. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que identificaram o fóssil em Catanduva (SP). O animal, que viveu há 85 milhões de anos, foi descrito em um estudo publicado na revista científica The Anatomical Record. A escolha do nome é um reconhecimento ao impacto significativo de Sandra na paleontologia.
A descoberta do fóssil ocorreu em 2011 durante as obras de duplicação de uma rodovia em Catanduva. Desde então, os pesquisadores trabalharam minuciosamente até confirmar que se tratava de uma nova espécie de crocodilo aquático, distinta das linhagens modernas. O nome combina referências ao local da descoberta, conhecido como “Cidade Feitiço”, e uma adaptação em latim do sobrenome da paleontóloga. Sandra revelou surpresa e emoção com a homenagem, destacando o apoio que recebeu ao longo de sua trajetória científica, especialmente de seu marido.
O Epoidesuchus tavaresae contribui para o entendimento da paleontologia no estado de São Paulo, sendo descrito como um crocodilo piscívoro com características únicas que evidenciam uma evolução adaptativa convergente. A pesquisa amplia o conhecimento sobre os crocodilos do período Cretáceo e reforça a relevância científica das descobertas realizadas na região. A homenagem a Sandra destaca o impacto de sua carreira na valorização e preservação do patrimônio paleontológico brasileiro.