A “miragem vermelha” e a “mudança azul” são fenômenos observados durante as eleições nos Estados Unidos, onde uma aparente liderança republicana na noite da votação pode ser revertida à medida que os votos enviados pelo correio são contados. Em 2020, essa situação gerou desconfiança e alegações infundadas de fraude, destacando as diferenças nos prazos e procedimentos de contagem entre estados. Devido às regras peculiares de processamento de votos, condados vencidos por democratas, como os da Califórnia, apresentaram resultados mais lentos, contribuindo para essas percepções equivocadas.
Com a eleição de 2024 se aproximando, mudanças nas leis eleitorais em estados como Geórgia e Carolina do Norte podem agilizar a contagem de votos. A Geórgia, por exemplo, espera processar grande parte das cédulas logo após o fechamento das urnas, enquanto a Carolina do Norte endureceu regras para o recebimento de votos por correio. Mesmo assim, há incertezas sobre quanto tempo será necessário para declarar os resultados, especialmente em estados decisivos como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, que ainda enfrentam desafios no processamento antecipado de cédulas.
O histórico de eleições apertadas, como a de 2000 na Flórida, lembra que o tempo é necessário para garantir a precisão e segurança no processo eleitoral. Autoridades enfatizam a importância de confiar no sistema, mesmo que a espera pelo resultado final seja longa. Transmissões e coberturas internacionais, como as da Brasil, estão preparadas para acompanhar as apurações em tempo real, destacando a importância e o interesse global na corrida presidencial entre Kamala Harris e Donald Trump.