A possível vitória de Donald Trump nas próximas eleições americanas é vista por integrantes do governo brasileiro como um fator que pode intensificar as demandas e agendas da direita no Brasil. Fontes próximas ao governo Lula acreditam que o fortalecimento da direita americana pode inspirar movimentos internos, com temas como a anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023 ganhando destaque nas discussões. O governo avalia a necessidade de uma resposta institucional para reafirmar o compromisso com a democracia e para mostrar que os Três Poderes do país não toleram ataques às instituições.
Enquanto isso, figuras importantes da direita brasileira comemoram o retorno de Trump ao debate mundial, considerando a possibilidade de reforço ideológico entre movimentos de direita. Entre os governistas, existe a expectativa de que o cenário político no Brasil seja influenciado, mas que, ao mesmo tempo, a relação institucional entre os países deverá manter-se estável, independentemente do posicionamento político americano. A percepção geral é de que a direita brasileira tentará provocar tensões na relação diplomática, mas o governo Lula considera isso uma movimentação política comum.
Para enfrentar as potenciais repercussões desse cenário, o governo brasileiro planeja focar em medidas econômicas internas, como o controle da inflação e a estabilização do dólar por meio de cortes de gastos, visando preparar-se para as próximas eleições. Essa estratégia é vista como um desafio complexo, onde será necessário equilibrar decisões que atendam às expectativas da população e mantenham a confiança nas instituições, sem que se perca o apoio político essencial para 2026.