Após a catástrofe climática que devastou o Rio Grande do Sul, cerca de 1.800 pessoas ainda permanecem em abrigos em 23 cidades do estado, enquanto o governo estadual entregou 212 casas provisórias. Seis meses após as enchentes, que resultaram em 183 mortes e milhares de desabrigados, as marcas dos deslizamentos de terra e a destruição das moradias ainda são visíveis. O estado enfrenta um cenário de emergência habitacional, com mais de 350 municípios afetados, e um esforço contínuo para mapear e recuperar áreas impactadas.
A Universidade do Vale do Taquari foi contratada para realizar laudos das moradias inabitáveis, com 14.193 unidades já condenadas em 40 municípios. As prefeituras precisam fornecer terrenos seguros para novas construções, e o governo federal já aprovou 7.500 unidades habitacionais, além de ter entregado unidades do programa Minha Casa, Minha Vida. As famílias que perderam suas casas, como a de uma aposentada que se viu sem lar após a destruição, lutam para reconstruir suas vidas em meio a essa nova realidade.
A situação é especialmente difícil para aqueles que enfrentam a incerteza e o medo de novas chuvas, que podem trazer mais desastres. Especialistas ressaltam a importância de uma resposta eficaz e colaborativa dos governos para lidar com as mudanças climáticas e tornar as cidades mais resilientes. As dificuldades emocionais e sociais geradas por essa tragédia também são evidentes, refletindo a luta por um lar seguro e digno em meio a um cenário de devastação e incerteza.