Ativistas e pesquisadores destacam que o enfrentamento ao racismo estrutural no Brasil exige esforços que vão além de uma data comemorativa. Embora a oficialização do Dia da Consciência Negra como feriado nacional seja celebrada como uma vitória, há uma ampla agenda de prioridades, como a implementação efetiva da Lei 10.639, que obriga o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas, e a criação de políticas públicas que promovam equidade racial. Essas iniciativas visam fortalecer a identidade e o protagonismo da população negra, combatendo desigualdades históricas e estruturais.
Os desafios incluem a superação da desigualdade econômica, a violência policial, e a baixa representatividade negra em espaços de poder. Especialistas reforçam a necessidade de ações concretas para combater o genocídio da população negra, frequentemente vitimada por homicídios e encarceramento em massa. Mulheres negras também enfrentam violência de gênero, e ativistas sugerem a criação de “cidades antirracistas” como modelo para garantir segurança, educação de qualidade e oportunidades econômicas. Representantes do movimento negro alertam para a urgência de transformar conquistas legislativas em avanços concretos.
A luta pela igualdade racial é descrita como uma responsabilidade coletiva que envolve toda a sociedade. Além de denunciar violações de direitos, ativistas apontam que a sensibilização para maior representatividade política é essencial. Há também o clamor por educação e serviços públicos de qualidade, especialmente em comunidades marginalizadas. Combater a exploração histórica do trabalho negro e construir narrativas que valorizem a cultura afro-brasileira são passos fundamentais para enfrentar o racismo estrutural e criar uma sociedade mais justa.