O novo modelo do ensino médio tem gerado desafios para estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024. Jovens entrevistados em Pernambuco apontaram que a retirada de disciplinas essenciais da grade curricular afetou seu desempenho nas provas, especialmente em áreas como filosofia e sociologia. Alunos mencionaram que precisaram estudar por conta própria essas matérias, uma vez que elas foram eliminadas do currículo regular. O impacto mais forte foi observado entre aqueles que seguiram a formação em áreas exatas, que continuaram a ter uma carga maior de matemática e ciências da natureza.
Aline Guedes, candidata ao curso de Análise de Sistemas, e Evelyn Arruda, que almeja a odontologia, compartilharam a sensação de prejuízo com a reforma educacional. Ambas destacaram que o modelo atual dificultou a preparação para as provas, já que disciplinas fundamentais para o Enem foram reduzidas ou despriorizadas. Evelyn, porém, relatou que a experiência do Enem experimental em 2023 ajudou a melhorar sua gestão do tempo e a diminuir a ansiedade para a edição deste ano.
Felipe Albuquerque, que tenta mais uma vez ingressar no curso de Medicina em uma universidade pública, também mencionou que, embora o novo modelo de ensino médio tenha gerado insegurança, a experiência em edições anteriores do Enem tem sido útil para controlar a pressão durante a prova. Em Pernambuco, mais de 275 mil pessoas se inscreveram para a edição de 2024, enfrentando desafios similares.