A recente entrevista de Alex Cooper com Kamala Harris, na qual a vice-presidente convidou Donald Trump a participar do podcast “Call Her Daddy”, destaca as dificuldades do ex-presidente em se conectar com o eleitorado feminino. Apesar de sua campanha tentar compensar a falta de apoio das mulheres com um apelo forte entre os homens, a crescente diferença de gênero nas pesquisas e a votação antecipada indicam que essa estratégia pode não ser suficiente. As eleitoras, que superam em número os homens e têm se mostrado eleitoras mais confiáveis, representam um desafio significativo para Trump, que precisa encontrar maneiras eficazes de abordar suas preocupações.
Nas últimas semanas, a campanha de Trump demonstrou uma incerteza sobre como conquistar as mulheres, levando a mensagens contraditórias e desentendimentos internos. Enquanto ele tentava reforçar sua imagem como protetor das mulheres em comícios, as respostas negativas das eleitoras e a disparidade de apoio nas pesquisas acentuam a necessidade de uma nova abordagem. Kamala Harris, por sua vez, tem aproveitado as oportunidades para reforçar sua mensagem sobre a liberdade das mulheres, particularmente em relação aos direitos reprodutivos, destacando as possíveis consequências de um segundo mandato de Trump.
A estratégia de Trump para conquistar o apoio feminino se complica ainda mais com o aumento das preocupações em relação a questões como aborto e igualdade de gênero. A escolha de aliados e a frequência em que ele opta por se apresentar em plataformas de predominância masculina, ao invés de interagir em ambientes onde o público é mais diversificado, pode estar limitando seu apelo. As recentes ações de sua campanha, incluindo eventos focados em mulheres, são tentativas de mitigar essa lacuna, mas o resultado ainda é incerto à medida que as eleições se aproximam.