Em entrevista à imprensa, o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo-SP) se posicionou sobre o inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado, destacando que a prisão do ex-presidente seria uma medida excessiva e sem fundamento. Salles questionou a ausência de evidências concretas que comprovem a tentativa de golpe, argumentando que as investigações até o momento se baseiam em trocas de mensagens e declarações, sem ações práticas que caracterizem um risco real à democracia.
O deputado também minimizou as acusações envolvendo as Forças Armadas, defendendo que eventuais declarações sobre o uso das tropas seriam mais uma “força de expressão” do que uma intenção concreta. Ele citou ainda o fato de que a Marinha já teria negado qualquer envolvimento em movimentações nesse sentido. Para Salles, é necessário um olhar cauteloso sobre os elementos disponíveis, para evitar conclusões precipitadas.
Por fim, o ex-ministro ressaltou a importância de respeitar o devido processo legal e a presunção de inocência. Ele criticou a forma como as investigações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro estão sendo conduzidas e pediu que se evite a pressa em julgar antes da análise detalhada das provas. Salles enfatizou a necessidade de tratar a situação com parcimônia, lembrando que as acusações devem ser cuidadosamente verificadas antes de qualquer decisão mais drástica.