O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apresentou denúncia contra uma suplente de deputada estadual e seu marido, acusados de prática de rachadinha na Assembleia Legislativa do estado. A investigação aponta que um ex-assessor teria sido coagido a devolver parte do salário ao casal, sob pena de perder o cargo. As acusações incluem concussão e denunciação caluniosa, enquanto a polícia descartou a configuração de crime autônomo em relação à falsidade documental mencionada no inquérito.
O ex-assessor afirmou ter transferido valores ao casal após ser pressionado, apontando que metade de seu salário teria que ser devolvida. Segundo ele, os pagamentos começaram após sua efetivação no cargo, mas foram interrompidos antes de sua exoneração, solicitada pela própria suplente. Lideranças partidárias afirmaram desconhecer a situação à época e condenaram a prática de rachadinha, reiterando compromisso com os princípios éticos e de legalidade.
A suplente, que se destacou publicamente após sobreviver a uma tentativa de homicídio em 2013, enfrenta agora questionamentos relacionados à sua conduta em cargos públicos. A investigação segue em andamento, com o partido se comprometendo a colaborar integralmente. O caso lança luz sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência em nomeações políticas no estado.