O presidente do Chile, Gabriel Boric, está sendo investigado pelo Ministério Público após uma denúncia de assédio sexual que remonta a dez anos, quando ele tinha 27 anos. A acusação foi apresentada por uma mulher em setembro de 2024, alegando um incidente ocorrido em 2013, mas o presidente nega categoricamente qualquer envolvimento. A defesa de Boric afirmou que ele nunca teve um relacionamento com a denunciante, que, segundo os advogados, chegou a enviar 25 e-mails não solicitados ao então estudante de Direito, incluindo um com imagens explícitas.
O Ministério Público da região de Magallanes, no sul do Chile, confirmou que uma investigação está em andamento, embora detalhes adicionais sobre o caso não tenham sido divulgados. Como chefe de Estado, Boric possui foro privilegiado, o que significa que qualquer processo contra ele precisa ser aprovado pela Justiça antes de seguir adiante. A investigação está sendo conduzida por uma equipe especializada da Procuradoria, mas ainda não há indícios claros sobre a veracidade da acusação.
O caso ocorre em um momento delicado para o governo de Boric, que já enfrenta outras alegações graves, incluindo acusações de abuso sexual e estupro envolvendo um ex-integrante de sua administração. Além disso, o presidente já foi alvo de outra acusação de assédio durante sua campanha eleitoral em 2021, que também foi negada e não resultou em uma investigação criminal. A denúncia atual, portanto, amplia um contexto de controvérsias em torno do governo chileno.