A defesa de um ex-assessor de alto escalão do governo brasileiro criticou o indiciamento do cliente, alegando que este foi baseado em suposições e narrativas sem fundamento em provas concretas. O caso envolve uma investigação sobre possíveis tentativas de interferência no resultado das eleições presidenciais de 2022, em que o ex-assessor é acusado de ter colaborado com medidas legais para alterar os resultados por meio de um estado de sítio. Segundo os advogados, a prisão preventiva de seis meses foi fundamentada em documentos sem comprovação e contradições que, posteriormente, foram refutadas por evidências oficiais.
A Polícia Federal apontou que o indiciado teria simulado registros de entrada nos Estados Unidos para evitar sua prisão, uma alegação que, segundo a defesa, contradiz diretamente os argumentos anteriores usados para justificar sua detenção. De acordo com os advogados, a mudança na narrativa evidencia uma desconexão nos procedimentos investigativos, além de sugerir abusos de autoridade. A defesa considera que a manutenção da prisão mesmo diante de provas de inocência expõe a fragilidade do devido processo legal no Brasil.
Os representantes legais do acusado afirmam que o caso reflete um cenário de politização e desgaste no Estado de Direito. Destacam que as investigações nos Estados Unidos foram solicitadas para desmentir as acusações e que irão buscar provar, mais uma vez, a inocência do cliente. Criticaram ainda a suposta falta de diligência na averiguação de informações pela Polícia Federal antes de decretar a prisão. A defesa concluiu reiterando a intenção de expor e contestar o que chamam de “narrativas autoritárias” e distorções dos fatos.