Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro informaram que irão solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a íntegra das gravações e mensagens obtidas por meio das quebras de sigilo telefônico realizadas pela Polícia Federal (PF) na investigação de um suposto plano golpista. A defesa quer examinar detalhadamente o material que, segundo a PF, inclui evidências relacionadas a um esquema que envolveria a tentativa de manter o ex-presidente no cargo por meios ilícitos. Embora o relatório sobre a investigação tenha sido parcialmente divulgado, a defesa insiste no acesso ao conteúdo completo não incluído no documento publicado.
A operação da Polícia Federal indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente, e apontou que o grupo investigado estaria envolvido em um plano para matar autoridades políticas e manter Bolsonaro na presidência. O relatório da PF sugere que Bolsonaro teria conhecimento direto e participação ativa nos planos, com evidências de sua liderança no grupo. Contudo, o ex-presidente negou qualquer envolvimento, afirmando que nunca houve discussões sobre um golpe e classificando as acusações como infundadas.
A situação em torno das investigações continua a gerar debates jurídicos e políticos, com a defesa do ex-presidente buscando acesso total aos materiais de investigação. A decisão do STF de retirar o sigilo do relatório da PF foi um passo importante na transparência do caso, mas o acesso integral ao material ainda é um ponto de disputa legal. A apuração segue em andamento, com a polícia e o judiciário avaliando os próximos passos na investigação.