O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a continuidade das obras da Usina Nuclear de Angra 3, suspendendo os embargos por 90 dias. A decisão foi tomada pela 7ª Câmara de Direito Público, que acatou parcialmente um recurso da Eletronuclear. O tribunal argumentou que o prazo é adequado para que a prefeitura finalize o processo de renovação do alvará de licença, que não foi renovado em 2023, levando ao embargo da obra.
A Eletronuclear, responsável pelo projeto, alegou que não havia irregularidades e que a paralisação das atividades afetaria significativamente o andamento da construção. Com um progresso físico de 66%, a usina terá capacidade de gerar 1.405 megawatts, o que representa cerca de 70% do consumo do estado do Rio de Janeiro. Além disso, a energia gerada pela usina atenderá aproximadamente 4,5 milhões de habitantes, contribuindo para a segurança do abastecimento elétrico do país.
A conclusão da Usina Nuclear de Angra 3 é vista como uma solução para aumentar a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro, especialmente na redução do risco de apagões. A Eletronuclear destacou que a usina terá a capacidade de carregar 30 mil carros elétricos simultaneamente, mostrando seu potencial de geração e eficiência. A prefeitura de Angra dos Reis se manifestará oficialmente assim que for intimada sobre a decisão judicial.