Um processo administrativo foi instaurado pela Polícia Civil do Amazonas para investigar a decisão de um delegado em liberar uma advogada que estava no veículo onde foram encontrados 10 tabletes de cocaína. A abordagem ocorreu na Zona Norte de Manaus, envolvendo a Polícia Militar, que deteve a advogada e o marido, este último posteriormente preso em flagrante. A medida visa esclarecer as circunstâncias da liberação e garantir uma apuração detalhada do caso.
O juiz responsável homologou a prisão preventiva do homem e solicitou uma investigação pela Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial (Proceap) sobre a conduta do delegado. Segundo o magistrado, não foram apresentadas justificativas para a liberação da mulher, que também estava na cena do crime. O Ministério Público apontou falhas no procedimento e pediu uma análise mais aprofundada da situação, para verificar se houve negligência ou irregularidade.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB/AM) afirmou que a advogada foi ouvida como testemunha e liberada sem prisão em flagrante. A entidade reforçou seu compromisso com a defesa das prerrogativas da advocacia e declarou que permanece vigilante contra possíveis violações à liberdade no exercício da profissão. O caso segue em análise, com desdobramentos esperados nas esferas judicial e administrativa.