O secretário do Tesouro Nacional afirmou que o Brasil não se encontra em um cenário de dominância fiscal, apesar de reconhecer a necessidade de monitorar cuidadosamente para evitar um quadro desse tipo. Ele argumentou que o resultado fiscal, mesmo com a liberação de créditos extraordinários em 2023, não exercerá pressão sobre a economia a ponto de gerar uma dominância fiscal. Em relação à política monetária, o secretário reconheceu que a taxa de juros está desancorada, mas evitou aprofundar comentários sobre as decisões do Banco Central.
Ceron apontou também que a elevação dos juros não é unicamente uma questão de política monetária, mas envolve fatores estruturais e o controle da inflação, o que exige uma postura firme do Banco Central para assegurar a credibilidade e a convergência das metas econômicas. Ele ressaltou que a autoridade monetária tem agido para controlar a inflação, inclusive aumentando as taxas de juros com o intuito de sustentar essa convergência.
Por fim, o secretário defendeu a continuidade de uma política fiscal responsável para manter a trajetória de crescimento sustentável do país. Ele destacou os avanços econômicos recentes, como a redução histórica da taxa de desemprego e a melhora da renda e das políticas públicas voltadas para a redução da pobreza. Contudo, ressaltou a importância de um planejamento fiscal que promova um cenário econômico sustentável no longo prazo, garantindo estabilidade e crescimento econômico.