Uma proposta de revisão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que sugere o fim da escala de trabalho 6×1, tem gerado ampla discussão nas redes sociais e mobilizado o debate público. A medida, ainda em fase inicial e sem tramitação oficial na Câmara dos Deputados, visa revisar o modelo em que trabalhadores têm direito a uma folga a cada seis dias trabalhados. O Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), principal grupo defensor da pauta, organizou uma manifestação no centro de São Paulo, incentivando os participantes a se vestirem de preto em apoio à causa.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) lidera a busca por assinaturas para viabilizar o início da tramitação da PEC no Congresso Nacional, necessitando do apoio de pelo menos 171 deputados. Até o momento, a proposta conta com 71 assinaturas de parlamentares de diferentes partidos, incluindo PSOL, PT, PDT, e PCdoB. Críticos apontam que a jornada 6×1 é excessiva e contribui para o aumento de casos de burnout e esgotamento físico entre trabalhadores, especialmente em setores de comércio, serviços de atendimento e restaurantes.
Apesar do apoio de alguns parlamentares da esquerda, o movimento VAT cobra uma posição mais firme do Partido dos Trabalhadores, considerando que a pauta atende a uma demanda da classe trabalhadora. O vereador Rick Azevedo, fundador do movimento, criticou a falta de posicionamento mais claro por parte do partido e defendeu que a escala 6×1 reflete um modelo de trabalho ultrapassado.