A Suprema Corte do Texas autorizou a definição de uma nova data para a execução de um homem condenado por homicídio atribuído à síndrome do bebê sacudido, após suspender temporariamente o caso para que deputados estaduais analisassem o tema. A decisão anterior, que priorizava o depoimento legislativo sobre a execução, foi revogada, mas o tribunal ressaltou que o testemunho ainda pode ser obtido sem interferir no novo cronograma. O caso reacendeu debates sobre o uso de teorias científicas controversas em julgamentos criminais.
O episódio, ocorrido em 2002, levanta questionamentos sobre a confiabilidade do diagnóstico de trauma craniano abusivo, anteriormente conhecido como síndrome do bebê sacudido. Embora amplamente aceito na pediatria, o conceito tem sido revisitado diante de novas evidências e interpretações. O condenado alega inocência, afirmando que a morte de sua filha resultou de causas médicas, e não de maus-tratos, enquanto especialistas e parlamentares pedem a revisão da condenação com base em informações adicionais.
A mobilização de um grupo bipartidário de legisladores e especialistas, que questiona a base científica do caso, destaca a importância de critérios rigorosos em julgamentos envolvendo ciência forense. Apesar das novas evidências apresentadas pela defesa, promotores continuam a defender a validade do veredicto inicial. O caso reflete uma tensão entre avanços no entendimento científico e a aplicação da justiça em processos de pena capital.