A morte de um cabo da Polícia Militar após 33 dias internado em Ribeirão Preto (SP) levantou questionamentos sobre as condições de treinamento da Força Tática. Durante o curso, o policial apresentou um quadro grave de saúde após uma refeição e foi diagnosticado com rompimento do esôfago. A corporação instaurou uma sindicância para apurar os fatos e investiga possíveis patologias pré-existentes, embora familiares rejeitem essa hipótese e aleguem negligência.
Segundo relatos, o curso submetia os participantes a condições extremas, como privação de sono, alimentação inadequada e exposição a gás lacrimogêneo no refeitório. Familiares e amigos do policial criticam a falta de preparo dos responsáveis pelo treinamento e a ausência de suporte da instituição após o ocorrido. A esposa da vítima relatou conversas em que ele mencionava fome e ansiedade para retornar à casa, reforçando as preocupações sobre o ambiente do curso.
O caso tem gerado forte comoção entre familiares e colegas da corporação, que destacam a trajetória exemplar e dedicação profissional do policial. O pai da vítima critica a Polícia Militar por tratá-lo como “apenas mais um número” e promete buscar justiça para responsabilizar os envolvidos. A investigação segue em curso, registrada como morte suspeita-acidental pelas autoridades.