A partir de 18 de novembro, o Rio de Janeiro será o centro das atenções internacionais com a realização da Cúpula de Líderes do G20. Durante dois dias, os líderes das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia discutirão questões globais cruciais, com foco em três eixos principais: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; desenvolvimento sustentável e transição energética; e reforma da governança global. A presidência do G20 será passada ao final da cúpula para a África do Sul, com a ausência notada do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que será representado por seu ministro das Relações Exteriores.
Além das discussões de alto nível, a cúpula contará com a presença de representantes da sociedade civil, que participaram do G20 Social, iniciativa brasileira para a inclusão de ideias de organizações e acadêmicos. Uma das propostas centrais da presidência brasileira é a criação de um imposto global sobre grandes fortunas, com o objetivo de arrecadar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anuais, destinando esses recursos para a luta contra a desigualdade e as mudanças climáticas. Embora a proposta tenha apoio de vários países, ela enfrenta resistências, especialmente de nações desenvolvidas como os Estados Unidos e a Alemanha.
A programação da cúpula inclui sessões sobre temas como segurança alimentar e governança global, além de um jantar oficial com a presença dos líderes mundiais. O evento ocorrerá sob forte esquema de segurança no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, com partes da cidade interditadas para a circulação de pedestres e veículos. A transição da presidência do G20 para a África do Sul será marcada por uma cerimônia no dia 19, após a última sessão sobre desenvolvimento sustentável e energias renováveis.