A COP29, realizada em Baku, ampliou o debate sobre mudanças climáticas ao integrar a cultura e a educação como componentes essenciais nas estratégias globais de sustentabilidade. Embora os temas econômicos e políticos continuem sendo centrais, novas abordagens surgem para transformar realidades, com destaque para a importância de envolver setores culturais e educacionais nas ações climáticas. Com o apoio de 40 países, liderados por representantes do Brasil e do Azerbaijão, a conferência reafirmou a necessidade de alinhar esforços climáticos a políticas públicas que incorporem esses setores.
Durante o evento, diversas iniciativas mostraram como a colaboração entre diferentes áreas pode gerar soluções inovadoras. No Pavilhão do Brasil, projetos voltados à proteção ambiental, como o de recuperação do Rio Meia Ponte em Goiás, e o programa Moeda Verde em Santo André, São Paulo, foram apresentados como exemplos de sucesso. O projeto goiano, que integra ações de limpeza do rio com estratégias educacionais, e a iniciativa paulista, que incentiva a reciclagem e promove a troca de lixo por alimentos saudáveis, exemplificam como ações locais podem gerar impacto positivo e engajamento comunitário.
Além disso, a cidade de Paragominas, no Pará, tem se destacado pelo ParagoClima, um conjunto de ações voltadas à mitigação do desmatamento e à transição para práticas sustentáveis. Essas experiências demonstram que o enfrentamento das mudanças climáticas exige inovação e colaboração entre diferentes setores, e que a cultura e a educação desempenham papéis fundamentais na construção de um futuro mais equilibrado e sustentável. Com o avanço das discussões em Baku, há um movimento crescente para transformar boas ideias em ações concretas que possam ser aplicadas globalmente.