A CSN (CSNA3) e sua controlada CSN Mineração (CMIN3) divulgaram resultados abaixo das expectativas para o terceiro trimestre de 2024, com destaque para as dificuldades no segmento de mineração. A queda de 11% nos preços do minério de ferro de 62% de pureza impactou negativamente a CSN Mineração, que registrou uma queda de 62,8% no lucro líquido, apesar de um aumento no volume de vendas. A CSN, por sua vez, reportou prejuízo líquido de R$ 751 milhões, revertendo o lucro do mesmo período de 2023, com a combinação de menores resultados operacionais e aumento nas despesas financeiras, refletindo um trimestre desafiador para a holding.
Apesar das dificuldades na mineração, outros segmentos da CSN, como cimentos e energia, apresentaram um desempenho melhor do que o esperado. A unidade de aço, no entanto, enfrentou custos elevados, o que resultou em um Ebitda abaixo das previsões. O desempenho no segmento de mineração também foi impactado por custos mais altos e uma variação cambial desfavorável, mas a empresa destacou um aumento no volume de embarques e uma redução nos custos de produção como pontos positivos. O Ebitda da CSN Mineração ficou 2% acima das estimativas, embora ainda tenha ficado abaixo do consenso de mercado.
O fluxo de caixa livre foi negativo para ambas as empresas, com a CSN reportando uma saída de R$ 1,4 bilhão e a CSN Mineração um fluxo negativo de R$ 413 milhões. A alavancagem da CSN se manteve alta, em torno de 3,3 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda, um ponto de atenção para os investidores. As recomendações dos analistas variam, com algumas casas de análise mantendo uma visão neutra para as ações da CSN e CSN Mineração, enquanto outras, como o JPMorgan, adotaram uma postura mais cautelosa, com recomendação de venda para a CSN Mineração.