Em Goiânia, três pessoas faleceram na última semana enquanto aguardavam vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), evidenciando uma grave crise no sistema de saúde pública da cidade. Entre as vítimas está um aposentado de 63 anos que esperava por atendimento após sofrer uma série de complicações médicas, incluindo embolia pulmonar e insuficiência respiratória. Apesar de uma ordem judicial determinar sua transferência para uma UTI em até quatro horas, a vaga não foi disponibilizada, resultando em seu falecimento.
A situação também vitimou uma mulher de 36 anos e outra de 29 anos, ambas aguardando atendimento especializado em diferentes unidades de saúde. As famílias recorreram ao Ministério Público na tentativa de garantir os direitos das pacientes, mas enfrentaram uma burocracia lenta e a falta de recursos, como ambulâncias equipadas, o que contribuiu para os desfechos trágicos. A indignação das famílias revela o sentimento de abandono e a luta por justiça diante da precariedade do sistema.
Órgãos responsáveis, como a Secretaria Estadual de Saúde e a Prefeitura de Goiânia, alegaram dificuldades na regulação dinâmica de leitos e perfis hospitalares restritos. Entretanto, a falta de respostas efetivas e o descumprimento de ordens judiciais reforçam a urgência de medidas estruturais para evitar novas perdas. As mortes geraram comoção e acenderam o debate sobre a gestão da saúde pública e os limites de atendimento em casos críticos.