No interior de São Paulo, a criação de pombos brancos se mantém como uma tradição familiar, além de se transformar em uma fonte de renda. Criadores como Rosimar Schinelo, de Mirassol, continuam o legado iniciado por seu bisavô, que trouxe da Itália o interesse por pombos-correios, aves usadas para comunicação durante a Segunda Guerra Mundial. A crescente procura pela beleza e as simbologias de paz e esperança atribuídas aos pombos brancos contribuíram para que a atividade ganhasse um caráter mais empreendedor, com a venda das aves atraindo colecionadores e interessados na espécie.
Rosimar destaca que, antes de focar no comércio de pombos brancos, criava outras aves exóticas, mas foi a demanda crescente por esses pombos que a levou a se especializar. O viveiro de Rosimar abriga cerca de 500 aves e é um reflexo da popularidade dessas aves, tanto pela estética quanto pelo simbolismo que carregam. Já Valdinei de Souza, em Nhandeara, também encontrou na criação de pombos uma fonte de sustento, com o trabalho sendo uma continuidade natural de sua experiência com outras aves ao longo dos anos.
Especialistas como o veterinário José Paulo Franco Gomes enfatizam a importância de cuidar adequadamente dos pombos, incluindo alimentação balanceada e ambiente limpo e espaçoso. O veterinário recomenda que o espaço onde os pombos vivem seja amplo, para que as aves possam se sentir livres, semelhantes ao seu habitat natural, garantindo seu bem-estar e saúde.