Segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 166,5 mil pessoas vivem em favelas ou comunidades no Alto Tietê, o que representa cerca de 10% da população total da região, estimada em 1,6 milhão de habitantes. Itaquaquecetuba se destaca como o município com o maior número de moradores em áreas desse tipo, com cerca de 91.317 pessoas, distribuídas em 69 favelas ou comunidades, o que equivale a 25% da população local. Esse percentual coloca a cidade na segunda posição em toda a Grande São Paulo, ficando atrás apenas de Mauá, que apresenta 28% de sua população vivendo em favelas.
No contexto regional, outras cidades do Alto Tietê também registram uma significativa presença de comunidades. Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Mogi das Cruzes seguem Itaquaquecetuba no ranking de municípios com maior população em favelas, com 30.629, 21.126 e 17.634 moradores nessas condições, respectivamente. Em contraste, Guararema, Salesópolis e Santa Isabel não possuem registros de comunidades. Entre as favelas mais populosas da região, destacam-se a Quinta da Boa Vista e o Núcleo Vila Belo Monte, ambas em Itaquaquecetuba, e o Jardim Gardênia Azul, em Suzano, evidenciando a diversidade geográfica e estrutural dessas áreas.
Em termos nacionais, o IBGE aponta que 16,4 milhões de pessoas, ou 8,1% da população brasileira, vivem em favelas, um aumento em relação a 2010, quando o número era de 11,4 milhões. O crescimento também é visível no número de favelas, que passou de 6.329 em 2010 para 12.348 em 2022, agora espalhadas por 656 municípios. Parte desse aumento se deve à melhoria na coleta de dados, que permitiu um mapeamento mais preciso em regiões menores. As favelas estão concentradas em áreas costeiras, ao longo do Rio Amazonas e em regiões de expansão agrícola, refletindo os desafios de urbanização e infraestrutura que o país enfrenta.