A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets investiga supostas irregularidades financeiras relacionadas ao patrocínio da plataforma de apostas Vai de Bet ao Corinthians. O caso envolve transferências de valores significativos a intermediárias não previstas no contrato oficial. Entre as movimentações, destaca-se o papel de uma empresa registrada em nome de uma pessoa sem seu conhecimento, levantando suspeitas de utilização de “laranjas” e práticas de lavagem de dinheiro.
Documentos apontam que a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. e outras intermediárias, como Zelu Brasil Facilitadora e Pay Brokers, podem ter facilitado transações financeiras não transparentes, desviando comissões e recursos de forma disfarçada. A investigação também abrange empresas como Otsafe e Pagfast EFX, que não constavam nos contratos originais mas receberam repasses milionários do patrocínio. A suspeita é que esses mecanismos tenham sido utilizados para mascarar a origem e o destino dos valores.
O acordo original com a Vai de Bet foi o maior contrato de patrocínio do futebol brasileiro, prometendo R$ 360 milhões ao Corinthians em três temporadas. Contudo, o pagamento de comissões e repasses intermediados por diversas empresas gerou dúvidas sobre a integridade do processo. A CPI busca esclarecer se houve manipulação financeira ou irregularidades no repasse de valores, promovendo maior transparência no setor de patrocínios esportivos.