O Ministério Público, por meio do subprocurador Lucas Furtado, solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão dos salários de 25 militares indiciados pela Polícia Federal por suspeita de participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Os rendimentos desses profissionais, que variam entre R$ 10.027 e R$ 37.988,22, somam um custo anual superior a R$ 8,8 milhões aos cofres públicos. O pedido inclui, ainda, a ampliação da medida para todos os 37 indiciados no caso, com o argumento de que é inaceitável que recursos públicos sejam destinados a indivíduos enfrentando acusações tão graves.
Além disso, o subprocurador propôs o bloqueio dos bens de todos os envolvidos. Essa iniciativa busca garantir a reparação dos danos causados pela invasão às sedes dos Três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, cujo prejuízo é estimado em R$ 56 milhões. A medida reflete a preocupação com a responsabilização financeira pelos atos praticados, reafirmando o princípio de que os culpados devem arcar com as consequências legais e patrimoniais de suas ações.
O caso também levanta debates sobre a responsabilidade e a ética no serviço público, especialmente em situações que envolvem a segurança do Estado e a proteção da democracia. A inclusão de militares da reserva que exerceram funções ministeriais no governo anterior na lista de indiciados chama atenção para a necessidade de uma análise rigorosa sobre o impacto dessas acusações na integridade das instituições públicas e na confiança da sociedade nas forças armadas e seus representantes.