O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro e um ex-ministro da Defesa, acusados de crimes de guerra em Gaza. Essa decisão inédita, tomada por unanimidade, marca um momento histórico na atuação da corte, ampliando o isolamento diplomático de Israel no cenário internacional. Embora os acusados não possam ser presos em países que não aderiram ao TPI, como EUA, Rússia e China, enfrentarão restrições de viagem e riscos de detenção em estados signatários do Estatuto de Roma.
Países europeus tradicionalmente aliados de Israel, como Alemanha, França e Reino Unido, declararam que cumprirão os mandados, reforçando o caráter vinculativo da decisão dentro da União Europeia. No entanto, a medida foi criticada por líderes de países não signatários e alguns aliados estratégicos, como os EUA, que têm historicamente adotado uma postura crítica ao TPI. O governo americano deve desempenhar um papel central em pressionar nações europeias para suavizar os impactos da decisão, enquanto o premiê israelense busca apoio político e diplomático para contestar a ordem.
Internamente, a decisão fortaleceu o líder israelense, que recebeu apoio unânime de partidos políticos locais, condenando a medida como injusta. A ação também reabre debates sobre o papel do TPI e sua legitimidade em casos envolvendo democracias e aliados ocidentais. Apesar das limitações práticas de execução, o episódio coloca o tribunal e a política internacional sob os holofotes, destacando o peso das relações diplomáticas e do apoio geopolítico no enfrentamento de acusações desse porte.