O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, afirmou que 2024 tem grandes chances de superar 2023 como o ano mais quente já registrado, com uma alta contínua nas temperaturas globais desde o início do ano. A análise do período entre janeiro e outubro deste ano mostrou um aumento significativo nas médias de temperatura, com recordes mensais sendo quebrados, tornando praticamente inevitável que 2024 ultrapasse os 1,5°C de aquecimento global desde a era pré-industrial.
O diretor do Copernicus, Carlos Buontempo, explicou que o aumento das temperaturas afeta todos os continentes e oceanos, e a principal causa desse fenômeno é a mudança climática induzida por atividades humanas, como o uso de combustíveis fósseis. O mundo está vivendo um cenário de superação de recordes de temperatura, com a projeção de que o aquecimento continue nos próximos anos, a menos que haja mudanças drásticas na política climática global.
A luta contra as mudanças climáticas passa, essencialmente, pela redução do uso de combustíveis fósseis, conforme estabelecido no Acordo de Paris de 2015. No entanto, cientistas alertam que as metas do acordo estão sendo cumpridas lentamente, com falta de progresso na eliminação desses combustíveis e na transição energética. Especialistas sugerem que a aceleração de acordos internacionais e a redução das emissões de CO2 são essenciais para mitigar os impactos das mudanças climáticas e alcançar as metas climáticas globais.