A Copel anunciou a renovação da concessão de três de suas principais usinas hidrelétricas — Foz do Areia, Salto Caxias e Segredo — por mais 30 anos. Essas usinas representam cerca de 64% da capacidade instalada da companhia, consolidando sua importância estratégica para o fornecimento de energia. O valor total da outorga é de aproximadamente R$ 4,1 bilhões, e a empresa pretende quitá-lo em 20 dias, o que deve aumentar sua alavancagem de 1,5 vez para 2,2 vezes até o final de 2024, conforme projeções do Goldman Sachs.
A renovação foi bem recebida pelo mercado e classificada pelo Goldman Sachs como mais um marco importante na trajetória da Copel, especialmente após sua recente privatização. O banco manteve recomendação de compra para as ações CPLE6 e CPLE3, com preços-alvo de R$ 12,90 e R$ 11,60, respectivamente. A Copel é destacada como uma das principais apostas no setor de utilidades, ao lado de outras empresas como Equatorial e Sabesp, devido a sua combinação de avaliação atrativa, crescimento de dividendos e potencial de redução de custos e venda de ativos.
Apesar das perspectivas positivas, a empresa enfrenta desafios que incluem maior regulação, interferência governamental, mudanças no mercado de distribuição e impacto do crescimento da energia solar distribuída. Além disso, o excesso de oferta de energia e possíveis alterações nos encargos setoriais podem influenciar seus resultados futuros. A renovação da concessão reforça o papel estratégico da Copel no setor e oferece um caminho claro para consolidação e crescimento.