A partir de 11 de novembro, a cidade de Baku, no Azerbaijão, será o centro das discussões globais sobre o clima, ao sediar a 29ª Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Durante 11 dias, líderes mundiais irão debater estratégias para uma transição efetiva rumo a uma economia de baixa emissão de carbono e mais resiliente aos impactos das mudanças climáticas, que se mostram cada vez mais urgentes. Com fenômenos extremos se tornando comuns, especialistas alertam para a necessidade de ações rápidas e coordenadas, reforçando a importância das metas e compromissos a serem definidos durante o evento.
O movimento internacional para enfrentar a crise climática começou em 1988, quando o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) foi criado para avaliar os impactos da ação humana no clima. Nos anos seguintes, convenções e acordos multilaterais foram estabelecidos, como o Protocolo de Quioto em 1997 e o Acordo de Paris em 2015, com o objetivo de limitar o aquecimento global e incentivar o financiamento climático e a adaptação dos países mais vulneráveis. Apesar desses avanços, a emergência climática continua exigindo maior comprometimento global, especialmente em meio a projeções de aquecimento acima de 3°C, se as emissões de gases não forem controladas.
A COP29 será mais uma oportunidade para fortalecer compromissos internacionais e discutir novos mecanismos financeiros que ajudem países em desenvolvimento a adaptarem-se aos efeitos climáticos. As discussões buscam consolidar uma frente unida para conter o avanço das mudanças climáticas e estabelecer acordos que assegurem um futuro mais sustentável. O próximo encontro já está marcado para o Brasil, em Belém, que sediará a COP30 em 2025, ampliando a relevância do país nas negociações climáticas globais.