A COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, encerrou com um acordo que decepcionou países em desenvolvimento e ambientalistas, devido à meta de financiamento climático de US$ 300 bilhões anuais, muito abaixo dos US$ 1,3 trilhão pleiteados. Apesar de superar o rascunho anterior de US$ 250 bilhões, o valor foi amplamente criticado por consolidar uma “injustiça climática”. Pequenos Estados insulares protestaram contra o documento final, e tensões marcaram as negociações, com países como Arábia Saudita e Bolívia protagonizando polêmicas.
A conferência avançou ao estabelecer um mercado global de carbono, permitindo que países e empresas compensem emissões por meio de créditos criados por projetos sustentáveis. Contudo, especialistas alertam para a falta de mecanismos claros de arrecadação e distribuição dos fundos necessários para cumprir metas do Acordo de Paris. Sem definições robustas, há preocupação com o impacto no suporte financeiro para nações em desenvolvimento após 2025, o que pode comprometer progressos climáticos futuros.
Com a COP30 prevista para ocorrer no Brasil, em Belém, cresce a expectativa por avanços concretos. Além de buscar metas financeiras mais justas, espera-se que os países apresentem a segunda rodada de suas contribuições determinadas nacionalmente (NDCs), alinhadas ao objetivo de limitar o aquecimento global. A crescente frequência de eventos extremos, como recordes de calor e secas severas, reforça a urgência de ações eficazes para combater as mudanças climáticas.